O Fundo Regenerativo de Brumadinho é uma iniciativa criada por varias entidades em resposta ao rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Vale em Brumadinho, mais precisamente no distrito de Córrego do Feijão, Minas Gerais, em 25 de janeiro de 2019 e que resultou na morte de 270 pessoas e causou danos ambientais significativos na região.
O fundo foi criado com o objetivo de apoiar pequenos projetos que promovam a regeneração social, ambiental e econômica da região afetada. Ele é gerenciado pela Associação Nossa Cidade, uma organização sem fins lucrativos que trabalha com questões relacionadas à Filantropia e justiça social.
O Fundo Regenerativo de Brumadinho recebeu doações de diversas fontes, mas principalmente de indivíduos da sociedade civil. Este arrecadou cerca de cerca de R$ 150 mil reais. Os recursos são utilizados para financiar pequenos projetos em três áreas principais: regeneração social, regeneração ambiental e regeneração econômica.
Na área de regeneração social, os projetos apoiados pelo fundo buscam promover a inclusão social e a proteção dos direitos humanos das comunidades afetadas pelo desastre. Isso inclui projetos de educação, cultura, esporte e lazer, além de ações voltadas para a saúde mental e o bem-estar das pessoas impactadas.
Na área de regeneração ambiental, os projetos visam recuperar e conservar as áreas afetadas pelo desastre, promovendo a restauração ecológica e a conservação da biodiversidade. Isso inclui ações como a recuperação de nascentes e rios, a recomposição da vegetação e a recuperação de áreas degradadas.
Na área de regeneração econômica, os projetos buscam estimular o desenvolvimento local e a geração de renda para as comunidades afetadas pelo desastre. Isso inclui ações como o apoio ao empreendedorismo, o fomento à economia criativa e o fortalecimento da agricultura familiar.
Os projetos apoiados pelo Fundo Regenerativo de Brumadinho são selecionados por meio de um processo de avaliação e seleção realizado por um circulo de curadoria composto por especialistas nas áreas de regeneração, professores, lideres comunitários e membros da sociedade civil. Os projetos selecionados recebem apoio financeiro de ate R$ 3 mil reais além de eventualmente algum apoio técnico, com o objetivo de promover a regeneração da região de forma sustentável e inclusiva.
O fundo opera com base em cinco pilares principais: círculos de curadoria, comunicação, captação de recursos, território e tesouraria. Cada um desses pilares desempenha um papel fundamental no funcionamento e na eficácia do fundo. Vamos explorar cada um deles em detalhes:
No conjunto, esses pilares garantem que o Fundo Regenerativo de Brumadinho funcione de maneira colaborativa, transparente, voluntária e eficaz. Eles permitem que a comunidade participe ativamente na tomada de decisões, na comunicação, na captação de recursos, na gestão territorial e na governança financeira do fundo, promovendo a regeneração socioeconômica e ambiental da região.
Em resumo, o Fundo Regenerativo de Brumadinho é uma iniciativa importante para apoiar a regeneração social, ambiental e econômica da região afetada pelo rompimento da barragem da Vale. Por meio de doações de diversas fontes, o fundo busca promover pequenos projetos que ajudem a recuperar a região de forma sustentável e inclusiva, beneficiando as comunidades afetadas pelo desastre.
Mais detalhes sobre o Fundo Regenerativo de Brumadinho é possível encontrar na ABA “Download e Links Essenciais” onde consta o Artigo final da Sistematização que foi desenvolvido e financiado pela Rede Comuá de Filantropia e Justiça Social.